Hoje vamos dar a conhecer os dados chave devemos saber sobre as cintas de amarração (Cintas de Carga e Eslingas para elevação).
A primeira coisa que devemos ter em conta quando pensamos em utilizar este meio de amarração ou elevação é que cumpra com os requisitos normativos estabelecidos, neste caso a norma EN 12195-2.

Para o efeito, deve ser afixada à cinta uma etiqueta devidamente cosida, na qual figure:

Estes dados serão necessários para calcular o número de cintas que serão necessárias para efectuar uma correcta amarração da carga. Para isso, devemos levar em conta principalmente os dados de MSL (tensão de carga admissível) e STF (pretensão) já que nas tabelas IMO são dados fundamentais. A MSL para este tipo de fitas de estiva é 50% da LC, de modo que em uma amarração superior ou em loop seria de 2.500 dão neste exemplo concreto, quanto à pretensão do tensor seria de 350DaN.
Um fator também a ter em conta é o estado das cintas, uma vez que uma cinta danificada não teria as propriedades mecânicas que reflete a sua marcação. Para isso, temos de eliminar as cintas têxteis nas seguintes condições:

- Cintas com nó. Perdem até 80% de seu LC e rompem pelo nó ante tensões muito baixas. Nunca devem atar-se.
- Cortes na cinta. Estes cortes fazem com que a fita possa se abrir facilmente ante qualquer tensão, perdendo suas características físicas.
- Manchas ou contaminação química. Isto faz que varie a natureza do material, diminuindo sua resistência e propiciando que rompa antes.
- Queimaduras produzidas por contato com fontes de calor. Isto muda as propriedades da fita, produzindo um efeito similar ao do corte.
- Perda de etiqueta. Uma cinta sem etiqueta não tem rastreabilidade em caso de acidente e não pode ser usada corretamente por falta de dados.
- Buracos na cinta. Eles podem ter sido produzidos por perfuração da mercadoria ou do veículo e desativar a fita para uso.
- Deterioração por luz ultravioleta e desgaste natural. A luz solar danifica as cintas, que apresentam uma cor mais atenuada e um corte nas bordas.
Como vimos na entrada de hoje, é fundamental definir o tipo de cinta que estamos usando e verificar se o seu estado é correto, Desta forma, graças às diferentes ferramentas de cálculo de que dispomos, poderemos efectuar a imobilização da carga de forma segura.